Olá, Leitores!
Essa semana nosso
entrevistado é o autor do livro Campeões de Gaia, o primeiro volume da trilogia
dos Três Domínios, L.L. Stockler.
L. L. STOCKLER cresceu envolvido por mundos de ficção e fantasia com a ajuda de centenas de jogos, filmes e livros. Nerd assumido, o estudante de Direito decidiu passar de consumidor a criador e, a partir daquilo que aprendeu jogando, assistindo e lendo, deu início ao seu primeiro romance, em 2014. Ele acredita que toda fantasia é, acima de tudo, outra representação da realidade, e defende que, nos dias de hoje, nada é mais necessário à realidade do que um pouco do fantástico.
LSR: O que lhe fez querer ser um escritor?
Lucas: Essa pergunta é difícil. Acho que a vontade veio
de duas formas: da necessidade de tirar uma folga da realidade e da daquela
vontade meio megalomaníaca que todo escritor tem que ter – a vontade de criar seu
próprio mundo, onde a história será a que você bem entender.
LSR: De onde vem a
inspiração para escrever?
Lucas: De toda essa cultura nerd/geek/fantástica que
absorvo e sempre absorvi, além da vida em geral.
Jogos,
filmes e livros de todos os gêneros sempre alimentam minhas histórias. Quando
você menos esperar, lá vai estar uma referência ou, no mínimo, uma situação
inspirada em outras que vieram antes. Sendo meu mundo um mundo fantástico, é
apenas natural que eu tenha o preenchido com o aprendizado de 22 anos de
nerdices.
Ao
mesmo tempo, a inspiração vem do cotidiano. Aquilo que da vida à... da mera
sobrevivência são as pessoas que nos cercam e como elas influem em nosso dia a
dia. Conhecer e observar pessoas sempre foram duas paixões minhas e são essas
mesmas pessoas que me inspiram a criar personagens complexos e orgânicos – como
na vida real.
LSR: Tem alguma rotina para
escrever, algum elemento que se tornou parte fundamental do processo criativo,
como música, por exemplo?
Lucas: Na realidade, não. Sei que muitos escritores
estabelecem rotinas rígidas de escrita e tudo o mais, mas não eu. Acho que a
ausência de rotina é que justamente me caracteriza. Escrevo pelo celular, seja
no ônibus ou no metrô ou no trem ou mesmo na praia, pelo tablet, no intervalo das aulas da faculdade, e, claro, pelo
computador de casa.
A
única coisa que se aproxima minimamente de uma rotina é ouvir alguma música
instrumental – como a trilha sonora do jogo Legendo
of Zelda, por Koji Kondo – quando estou escrevendo em casa para evitar me
distrair.
LSR: Como a literatura
entrou na sua vida?
Lucas: Bem, minha mãe sempre foi uma leitora voraz de
todos os gêneros, além de ter me introduzido à Star Wars e Senhor dos Anéis,
então sempre existiu essa porta de entrada. Mas, a verdade é, que eu só entrei
por essa porta depois de ter alguns problemas de ansiedade quando criança – ler
é a melhor forma de relaxar.
LSR: Quais autores são referências para o seu
trabalho?
Lucas: George R. R. Martin, em primeiro lugar. Além dele
e não muito distantes, Tolkien, Timothy Zahn, Phillip Pullman, Bernard
Cornwell, Conn Iggulden e os nacionais: Affonso Solano e Eduardo Sophr.
LSR: Como enxerga o mercado
literário nacional atualmente?
Lucas:É um mercado difícil, inegavelmente. Um autor novo
se destacar, sem o impulsionamento de algum formador de opinião, é um trabalho
que beira o impossível. Em contrapartida, o quadro geral é bem melhor do que
era anos atrás, com autores pioneiros no gênero se destacando e abrindo caminho
para os novatos e esses conseguindo fazer nome. Assim, eu diria que, apesar de
enxergar as dificuldades, vejo o mercado de forma otimista.
LSR: Como foi o processo de
publicação das suas obras? Houve muitas dificuldades?
Lucas: Acredite
se quiser, não tive muitas. Após conseguir uma editora, foi só uma questão de
tempo e marcar o lançamento – esse atrasou, mas nada muito complicado.
LSR: É possível viver da
escrita no Brasil ou você desempenha outra profissão?
Lucas: É possível se você estourar como um Paulo Coelho –
que é sempre o objetivo! Mas, enquanto isso não acontece, sou estudante de
direito e, em breve, advogado.
LSR: Em algum momento pensou
em desistir?
Lucas: Não.
LSR: Como tem sido o retorno
do seu público leitor?
Lucas: Bastante positivo, na verdade. Os leitores
questionam, obviamente, algumas decisões minhas (hahaha), mas a grande maioria
as têm entendido e todos têm gostado do livro.
LSR: Quais são os seus
planos para o futuro?
Lucas: O
livro é uma trilogia, então meus planos envolvem acabar de escrever os próximos
dois volumes o quando antes.
LSR: Para finalizar, que
mensagem você deixaria para os seus novos leitores e para os escritores
iniciantes?
Lucas: Lute por seus sonhos. Por mais escura que a noite
pareça, as estrelas estão lá para iluminar seu caminho e, por mais que você
duvide, o amanhecer sempre chega.
Você
tem todas as ferramentas que precisa para vencer, então lute!
Confira a sinopse do primeiro livro da trilogia, Campeões de Gaia, e adquira nas melhores livrarias.
Há cerca de quatrocentos anos, Celo, deus-pai e senhor dos céus, teria designado uma família para governar toda Gaia e instaurar sua ordem divina. Sobre as cinzas de seus inimigos, os Draconem então construíram o maior e mais vasto império já visto, dominando a tudo e a todos, como lhes era de direito.
Quando seu pai morre, trinta e cinco anos após a Rebelião de Krallik, Kayla percebe que não havia mais nada que a prendesse à pacata fazenda onde crescera no interior de Jardinsul. Ela estava livre para explorar o mundo que até então conhecia apenas pelas páginas de livros e para gravar seu nome na História. Determinada sua partida, Trevor, seu leal amigo, não vê escolha que não segui-la e descobrir, junto dela, o seu próprio destino.
Entretanto, a dupla logo aprenderá que a realidade pode ser mais dura do que contavam as histórias, que sequelas de séculos de disputas podem ser fortes o bastante para pôr em xeque a paz imperial e, consigo, a vida de todos os habitantes de Gaia.
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