sábado, 23 de julho de 2016

Nildrien - O Pergaminho


          Nildrien foi minha mais recente surpresa. Uma fantasia muito bem escrita, personagens fortes e cativantes, vilões de personalidade única, batalhas contra monstros mitológicos e aventura que não acaba mais. Com uma narrativa fluída e nada previsível, o livro de Manoel Batista veio para ficar entre os leitores desse gênero fantástico, que amam uma boa dose de adrenalina, ação e suspense, assim como eu.




Sinopse:


Em um mundo de fantasia medieval, o despertar de uma poderosa energia em uma caverna milenar e remota faz com que os mais poderosos reinos de Nildrien se mobilizem para conseguir o artefato portador do poder: um antigo pergaminho criado pelo maior de todos os magos, contendo feitiços capazes de afetar o equilíbrio mundial. Sem poder enviar seus mais experientes e poderosos membros, resta às forças de reinos aliados formarem um grupo de jovens aventureiros para enviá-los ao maior desafio de suas vidas: uma aventura entre guerreiros, magos e monstros que dividem um cenário onde o fantástico e a magia se mostram mais presentes do que nunca. Uma jornada que mudará para sempre a vida desses jovens, repleta de drama, ação e humor.

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Nos profundos e obscuros caminhos da Caverna Antiga, alguns mineradores acabaram por descobrir o esconderijo de Arkross Shawron, um dos maiores magos de Nildrien, falecido há mais de mil anos, na Era das Trevas.

O antigo Pergaminho de Arkross, ao que parece, é portador de um imenso poder, sendo cobiçado então pelo Reino das Trevas de Nildrien, Asenhar, que na posse de um mapa criado por um dos mineradores, acabou seguindo, sem perca de tempo, para a Caverna Antiga em busca do local exato onde encontra-se o Pergaminho.

Na tentativa de impedir Asenhar de colocar as mãos no poderoso Pergaminho, Dyla, a Rainha de Nalim, um dos reinos de Nildrien, forma uma expedição de jovens magos e guerreiros, incluindo a própria princesa de Skyllus, o Reino da Luz, que determinados a proteger o reino, seguem atrás de Asenhar nessa perigosa jornada.

Tendo somente o rastro do grupo inimigo à frente, eles precisarão enfrentar obstáculos inimagináveis pelo caminho; após passar pelo Campo de Dalend, Kobolds, Cães Infernais, Worgs, Bugbears, Medusas e outras criaturas serão apenas um pouco do que os espera em cada canto escuro da Floresta das Sombras e a cada curva dos sinuosos e complexos caminhos da Caverna Antiga. Um risco necessário para que as trevas permaneçam longe do restante do reino.


É assim que começa essa fantástica aventura chamada Nildrien, O Pergaminho. Os primeiros capítulos são dedicados a apresentar os personagens que formarão o grupo de Nalim. Com riqueza em detalhes, um pouco da história e motivações de cada membro, que fará parte da expedição, é narrado para que o leitor conheça a personalidade de cada um.

Quinze membros, por fim, são enviados no encalço de Asenhar, dentre eles magos, guerreiros, clérigas e meio-demônios, dentre outras raças. É aqui que se encontra o diferencial do livro de Manoel Batista. Com inspiração em jogos de RPG, é surpreendente ler batalhas onde as mais diversas habilidades são usadas e a cura, habilidade oferecida pelas clérigas, são um ingrediente de grande importância para que os ferimentos de batalha sejam rapidamente fechados, garantindo a integridade dos lutadores.

Uma história que com certeza entrou para o top cinco de minhas fantasias preferidas. O autor criou um mundo fantástico onde minha única tristeza durante a leitura foi a ausência de um mapa. Em nenhum momento por dificuldade na localização, mas sim pela vontade de ver Nalim, Asenhar, a intimidante Floresta das Sombras, o reino da luz, Skyllus, a Caverna Antiga e todo o universo de Nildrien.

Se esse fosse o caso de um RPG, eu não saberia com qual dos personagens jogaria. Alguns são destemidos, como Reks, Karson, Histran e  Hanns, outros, como Ylis e Karedrine são cativantes e outros ainda, inoportunos; como a dupla Nayhan e Raven, que se aventuram até a Caverna Antiga para tentar passar a perna em ambos os grupos e chegar primeiro ao Pergaminho. Ambos são personagens confiantes e destemidos, assim como os membros de Asenhar, que são, aparentemente, inabaláveis. Me chamou atenção em especial a dupla improvável formada por Lóris, a princesa de Skyllus e Josh, o príncipe das Trevas; não pude deixar de imaginar ambos juntos em algum outro tipo de missão.

A leitura é fluída, as cenas foram narradas com extremo cuidado, tornando possível ler batalhas incríveis que se deram em todos os cantos por onde os personagens passaram. Diversas escolhas tiveram de ser feitas ao longo do trajeto e muitas vezes os caminhos se separaram, juntando-se novamente nas horas certas, rumo a um final de tirar o fôlego do qual me encheu de medo e angustias precipitadas, mas que levaram a um final digno de uma fantasia inacreditável.


Autor: Manoel Batista 
Ano: 2015 
Páginas: 588
Editora: Talentos da Literatura - Novo Século

Um comentário

  1. Não conheço esse livro, mas parece ser interessante. Vou anota na minha lista infinita. Bjus

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