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sábado, 24 de dezembro de 2016

Alma Gêmea

Um dos maiores presentes que recebi neste ano foi conhecer o trabalho da autora Ana Ferrarezzi. A cada nova obra minha admiração por ela aumenta consideravelmente, tornando-se uma das minhas escritoras favoritas. Por este motivo, na véspera do natal, trago a resenha do livro “Alma Gêmea”, um dos meus favoritos, que certamente conquistará o coração de muitos leitores. Feliz Natal!


Lá, no meio da Floresta Amazônica, há uma tribo legendária – A Tribo Curupira. Joaquim acaba se deparando com um membro dessa tribo, em uma de suas expedições. Ele machuca seu pé, acaba sendo acolhido e se depara com o a planta sagrada capaz de transportar algo pelo tempo e espaço. Após muito esforço, convence o pajé a lhe dar uma amostra dessa planta. O pajé o alerta sobre o risco. Joaquim, aceita a responsabilidade. Com o tempo, Joaquim descobre o verdadeiro sentido das palavras desse sábio Pajé. Letícia encontra uma erva com cheiro de canela no seu Consultório de Psicologia. Decide tomá-la. Cai no sono. Então acorda em um corpo diferente em 1906. Ela não sabe como veio parar nesse corpo, nem tampouco entende como veio parar na França, testemunhando o vôo de consagração de Santos Dumont. Mas as circunstâncias a leva até Joaquim; o homem de seus sonhos. É uma bela história sobre o poder do encontro entre duas almas gêmeas, que vivem em épocas diferentes, que rompem a barreira do improvável para perceber que o sentimento que os une jamais pode ser quebrado. Venha explorar os segredos e mistérios do Alma Gêmea.


Leticia é uma psicóloga iniciando sua carreira profissional. Ainda tem poucos pacientes, mas sua profissão e seu consultório não são suas maiores preocupações.
Ainda muito jovem ela se casou com Glauber, um cardiologista promissor. Embora essa união lhe garanta certa estabilidade financeira, também é o foco de toda sua infelicidade. Mesmo casando sem amor, ela jamais imaginaria o inferno que os seus dias se transformariam. Glauber é sempre distante, não faz questão de passar um tempo com ela, preferindo sair do trabalho e se embriagar a voltar para sua esposa.

“Hoje estava tão certa quanto seu conhecimento e experiência permitia, que o amor era um sentimento supervalorizado.”

Já cansada dessa vida, Letícia começa a planejar seu futuro longe do homem que nunca amou. Ela conta com o apoio fervoroso de sua amiga Gisele para abandonar o marido e recomeçar.
Entre uma sessão e outra ela encontra um pacote com uma erva desconhecida com cheiro de canela. Consumindo-a cai em um sono pesado e se transporta para o ano de 1906, na França.
No inicio ela acredita ser um sonho absurdamente realista, mas como sempre volta para o mesmo lugar cada vez que dorme, entende que sua alma está viajando no tempo. Assim ela passa a viver a vida de Clarisse, uma garota em busca de justiça, que esta envolta em um perigoso plano para vingar a morte de seus pais.
Nessa viagem ela conhece Joaquim, um homem lindo, inteligente e espirituoso que concorda em ajudá-la em seus planos.
Nessa trajetória eles encontram diversos perigos em uma estrada de traições e mortes. Mas também encontram algo que não esperavam: o amor.
Diante disso eles terão de romper as barreiras do tempo e derrotar seus inimigos para viver esta linda história de amor.


Estou completamente apaixonada por este livro.
Amo histórias que envolvem viagens no tempo. Narrado em terceira pessoa, este romance traz ate o leitor uma história leve e divertida, recheada de mistérios e perigos. Onde cada passo é incerto e a única certeza é o amor de Joaquim e Letícia. Ainda conta com um embasamento em lendas brasileiras, o que torna a narrativa muito mais especial, resgatando nosso folclore da maneira mais encantadora possível.
Os personagens são cativantes e envolventes. Leticia é uma mulher interessante. Casou sem amor, forçada por uma situação e nunca encontrou um resquício de felicidade ao lado do seu marido. Glauber é um homem frio que não soube valorizar tudo que a esposa fez por ele. Ela é uma mulher inteligente, bonita e está disposta a se libertar dessa união para seguir em frente, talvez encontrar o amor verdadeiro e a tão sonhada felicidade.

“Seu marido era do tipo que dá a impressão de que é um livro aberto quando, na verdade, com o convívio, descobrem-se camadas impermeáveis em sua vida.”

Como todas as viajantes do tempo, ela acaba protagonizando cenas hilárias no passado. O choque entre os costumes é sempre um empecilho para todas as mocinhas que viajam entre as décadas. Ao conhecer Joaquim ela finalmente encontra o amor, ainda que mais de 100 anos estejam entre eles.
Joaquim é um engenheiro que revitaliza casas, como hobbie se dedica à botânica. Lindo, inteligente e espirituoso, sua boa aparência já o colocou em alguns apuros. Como resistir aos seus olhos azuis?

“Ela queria dar uma bofetada no meio daquele sorriso perfeito de Joaquim, até o faria, se aquele patife não vivesse em seus sonhos.”

Leticia não ficou imune a eles, logo se viu apaixonada, mas sabia que estar ao lado de Joaquim seria quase impossível.
Ainda que Joaquim tenha uma vida libertina, ele acredita no amor verdadeiro. Encontrá-lo em Leticia enquanto sua alma habitava o corpo de Françoise não estava em seus planos. Ele se apaixonou pelo seu jeito, por sua personalidade. Quando descobriu que sua amada na verdade vivia no século XXI, ele lutou contra tudo e todos para reencontrá-la, mesmo tendo que enfrentar as barreiras do tempo para estar ao seu lado.
Os personagens secundários também encantam. Depois de Joaquim, meu preferido foi seu primo Fernando, um cafajeste encantador, divertido e irônico, que faz tudo que pode para garantir que Joaquim e Leticia se encontrem novamente, mesmo que isso coloque sua própria vida em perigo. Juntamente com Anabelle, irmã de Françoise, eles participam do plano de vingança contra os assassinos dos pais das jovens e também da missão de Joaquim para encontrar sua amada. Amigos leais que se dedicam integralmente em ajudá-lo.
Gisele é a melhor amiga de Leticia e está sempre por perto. É a maior incentivadora da sua separação e a acompanha até o final da trama.
Em meio a tantas adversidades o amor deles não diminui, muito pelo contrario, cresce mais a cada dia. Leticia sabe que não poderá ser feliz com outro homem, e Joaquim, que sempre quis encontrar o amor, vê em Leticia a única chance de vivê-lo.
Mesmo com todo o romance que envolve a história, existem os perigos. Alguém está em busca da erva e fará de tudo para consegui-la, não importando quantas vidas se percam para alcançar este fim.

“Sei o quão é difícil confrontar seus demônios. Eu sempre os confronto de uma forma ou de outra... No entanto, algo que aprendi na vida é que não dá para evitar esse confronto. Isso porque seus demônios estão aí, na sua frente, a encarando. Não há como os ignorar.”

A narrativa alterna entre os anos de 1906 e 2015, podemos observar o que cada um está vivendo, e também perceber que o passado e o presente são vividos ao mesmo tempo.
O livro é extremamente envolvente. Depois que comecei a leitura, não consegui mais parar. Joaquim e Fernando entraram para a minha listinha de personagens favoritos.
Incluir a lenda da tribo Curupira na história foi um grande diferencial. Lemos tanta coisas sobre a cultura estrangeira, que às vezes nosso próprio folclore fica esquecido e é de suma importância que ele seja relembrado. Nada melhor para isso que incluí-lo em um romance tão arrebatador.
Sou uma admiradora fervorosa do trabalho da autora e este livro virou o meu favorito. Amo este tema. Já havia me encantado com a série Perdida, da autora Carina Rissi, e Outlander, de Diana Gabaldon. Alma gêmea conseguiu me conquistar da mesma maneira, superando todas as minhas expectativas.  A escrita é leve e descontraída, marca registrada da autora, isso envolve o leitor de tal forma, que o tempo voa enquanto lemos. Fiquei encantada e apaixonada, torcendo sempre pelos personagens.
Simplesmente sensacional. Recomendo a todos que gostam de livros neste formato. Deem uma chance a Joaquim e aproveitem a viagem.

 “Meu pai sempre diz que um louco é, na verdade, uma pessoa normal que fala uma verdade na qual os outros não estão preparados para ouvir.”

Adquira seu exemplar clicando aqui.


Título: Alma Gêmea
Autor: Ana Ferrarezzi
Editora: Autografia
Ano: 2016
Páginas: 295

sábado, 3 de setembro de 2016

Imprevisibilidade



A resenha de hoje é sobre o livro Imprevisibilidade, que mostrará uma nova face do trabalho da autora Ana Ferrarezzi, nossa parceira. A autora já havia me conquistado com seu romance “O Velho Vestido de Noiva” e vem surpreendendo mais a cada dia.



Aquele inesperado desvio em nosso caminho, ou aquela curva tão aguda que nos dá a impressão de que estamos retornando ao ponto de partida do qual havíamos acabado de sair.


Até que nos encontramos em um outro lugar completamente novo. 

Cada conto reflete um enredo singular, proporcionando uma diversidade inexata de temas e narrativas. Com histórias completamente novas, o livro Imprevisibilidade, é uma leitura indispensável para aquele que busca, na leitura, momentos de prazer.




Imprevisibilidade é o livro de contos e minicontos da autora Ana Ferrarezzi,
Retrata diferentes pontos de vista sobre as mais diversas situações. Nele encontramos amor, ódio, medo, ironia, traição, etc.

“Todos pareciam aguardar uma espécie de entretenimento, inebriados pelas delícias do início de uma grande peça teatral.”

A escrita é gostosa e descontraída, marca registrada da autora. Torna a leitura gostosa e muito cativante. Após começar é impossível parar antes do final.
Li em apenas um dia e adorei.  Diverti-me bastante e também refleti sobre fatos que passam despercebidos no dia-a-dia, mas que os contos sempre nos fazem repensar.

“O amor realmente machuca. Melhor ficar longe, mesmo.”

Foi muito interessante conhecer os minicontos. Nunca tive contato com esse tipo de literatura e fiquei impressionada com o quanto pode ser dito, quanto significado poucas palavras podem expressar.

“Não se pode optar, assim como se faz com um recheio de bolo, qual morte lhe agradará.”

Como fã da autora, gostei de conhecer este novo lado do seu trabalho, tão expressivo quanto os romances. Acompanhem os lançamentos, e para quem ainda não viu, clique aqui para ler a resenha de O Velho Vestido de Noiva.

“Sempre cumprimos ordens. Isto é uma ordem!”



Título: Imprevisibilidade
Autor: Ana Ferrarezzi
Editora: Autografia
Ano: 2015
Páginas: 122

Minicontos Coloridos

“Todo sonho tem um preço.”


Em tempos de livros de pintar, Minicontos Coloridos traz uma provocação diferente: autores de diversas partes do Brasil criaram contos inspirados em cores, cores que originalmente davam título aos contos. Nesta edição, porém, as cores foram suprimidas e você pode pintar os espaços acima do texto de acordo com sua percepção.


Para começar, o que é um miniconto?
Miniconto é um tipo de conto muito pequeno, digamos que com no máximo uma página, ou um parágrafo. Alguns dizem que ele é o primo mais novo do poema em prosa, outros apontam as fábulas chinesas como origem, de certo é que desde meados do século XX o conto tem experimentado – com sucesso – formas extremamente breves a partir de textos de gente como Cortázar, Borges, Kafka, Arreola, Monterroso e Trevisan.” 



Recebido da nossa parceira, a autora Ana Ferrarezzi, que participou deste projeto, Minicontos Coloridos é uma proposta diferente para a febre dos livros de colorir.
Embora pequenos, os contos são muito bem estruturados e conseguem passar a mensagem que propõe.
Quantas palavras são necessárias para passar um sentimento aos leitores? Certamente não muitas. A maneira de escrever é o que faz a diferença.
Todos os autores participantes conseguiram, de forma estupenda, falar sobre os mais diversos temas. Sobre a vida, o medo, as relações humanas.
Ana, com dois minicontos, falou sobre arte e as inseguranças do amor. Mantendo seu estilo leve e fluido.
A proposta do livro é que o leitor sinta as palavras e atribua uma cor a cada miniconto, de acordo com o que sentiu na leitura.
Achei mais divertido que outros livros de colorir, porque nesse podemos atribuir as cores aos sentimentos. Mais dinâmico e misturando leitura com diversão. Aprovadíssimo!


Título: Minicontos Coloridos
Autor: Ana Ferrarezzi. et al.
Editora: Editora Metamorfose
Ano: 2015
Páginas: 96

terça-feira, 31 de maio de 2016

#LSR Entrevista - Ana Ferrarezzi


Olá, Leitores!

Terça é o dia da entrevista do blog Livro Sem Rabisco, e a autora de hoje é a nossa querida parceira  Ana Ferrarezzi.







Ana Ferrarezzi nasceu recentemente, no Rio de Janeiro, aos 40 anos. Ela é Psicóloga, Artista Plástica e Escritora; tudo ao mesmo tempo. Ora alimenta-se da beleza retratada por detrás das artes, ora inspira-se nos folclores e nos contos. De uma forma única, Ana os mistura e constrói algo novo e intrigante. Ela possui um estilo interessante. Seus enredos são envolventes, bem-humorados, e capazes de transportar o leitor à um mundo completamente novo.









LSR:    O que lhe fez querer ser um escritor (a)?
ANA: Na verdade eu jamais tive a ambição de me tornar escritora. Tudo foi acontecendo de forma bem natural e intuitiva. Comecei a escrever para exercitar a língua e, como acabei me apaixonando pelas histórias, decidi publicar os livros.

LSR: De onde vem a inspiração para escrever?
ANA: A história se revela em diversas formas. As vezes imagino uma cena e passo a escrever a história a partir disso, também já cheguei a imaginar diversas cenas ligadas uma a outra - como um trailer - e passei a escrever em torno disso. Já aconteceu de uma história nascer através de leitura de lendas e mitologias. Outras nasceram através da imagem de uma obra de arte. Cada história tem um nascimento único.

LSR:    Tem alguma rotina para escrever, algum elemento que se tornou parte fundamental do processo criativo, como música, por exemplo?
ANA: Gosto de imaginar uma cena em torno de uma música. Acho mais fácil acompanhar o ritmo da cena utilizando esse recurso. Então enquanto estou escutando música, estou também trabalhando no livro.
Quando me encontro no processo de criação de um livro, em diversos momentos, vivo certa cena com tanta intensidade que preciso literalmente vê-la. Por isso acabo fazendo quadros para atender a essa necessidade.
Gosto de escrever todos os dias. Vejo essa atividade como um hobby, então me divirto em todo o processo.

LSR:    Como a literatura entrou na sua vida?
ANA: Sou psicóloga, por isso aprendi a ler bastante. Comecei a ler na faculdade. Infelizmente foi tarde, mas essa é a verdade.  

LSR:    Quais autores são referências para o seu trabalho?
ANA: Posso destacar autores que serviram de referência pela forma que eles narravam uma história. Gosto muito de Raquel de Queiroz, Loretta Chase, Bella André, José de Alencar, Nelson Rodrigues, dentre outros...

LSR:    Como enxerga o mercado literário nacional atualmente?
ANA: Realmente acredito o mercado literário nacional está crescendo, mas ainda é esmagado pelo riquíssimo investimento de marketing  do mercado literário internacional. Essa é a minha impressão ao ver, nas livrarias, tantos livros nacionais de ótima qualidade de pouco destaque em comparação aos livros importados.  

LSR:    Como foi o processo de publicação das suas obras? Houve muitas dificuldades?
ANA: Sinceramente não senti tanta dificuldade em encontrar uma editora. Há inúmeras editoras de ótima qualidade e que estão super abertas para receber livros inéditos. O maior problema é equacionar o tamanho do investimento com o retorno dos livros. Esse ponto é o que leva um escritor a desistir dessa carreira; infelizmente.

LSR:    É possível viver da escrita no Brasil ou você desempenha outra profissão?
ANA: Sou escritora iniciante. Por isso estou investindo. Nesse momento não estou ganhando um centavo pela literatura. Por isso tenho outro trabalho.
Espero que a médio prazo, haja algum retorno.

LSR:    Em algum momento pensou em desistir?
ANA: Em diversos momentos, para se manter firme nessa trajetória, é necessário sentir-se completamente apaixonado pelo trabalho e ter uma grande resistência a frustração. Caso contrário, o autor não passará de um livro.

LSR:    Como tem sido o retorno do seu público leitor?
ANA: Na verdade é esse retorno que me alimenta. Quando penso em desistir, lembro de um recado que recebi sobre o livro “O Velho Vestido de Noiva” ou um post do “Imprevisibilidade” ou aquele pedido feito para continuar a história do “Alma Gêmea” e isso me motiva. Só tenho a agradecer aos leitores pelo carinho e pela energia.   

LSR: Quais são os seus planos para o futuro?
ANA: O primeiro livro da Série Esmeralda “Entre o Sol e a Lua”, será lançando em breve. Quem gosta de livros de fantasia, de mitologia, de lendas indígenas, vai certamente amar esse livro.
Também estou terminando outros 2 livros. Não posso falar muito sobre eles, mas um a especie de continuidade do livro “O Velho Vestido de Noiva” e o segundo é um livro fantasia.

LSR:  Para finalizar, que mensagem você deixaria para os seus novos leitores e para os escritores iniciantes?
ANA: Para os leitores, deixo a minha profunda gratidão e admiração. Sempre permita que o encantamento pelas histórias o alimente. Viva essa magia.
Para os escritores iniciantes, só escrevam se for por lazer e só publiquem aquilo que amam. Se vocês não estiverem dispostos a investir em suas histórias, ninguém estará. 

Conheça as obras da autora:

Amélia se depara com uma devastadora notícia. Seu marido, o homem a quem se dedicou inteiramente durante trinta anos, pediu divórcio. Sem saber como prosseguir com sua vida, e aguardando que um milagre venha lhe dar uma direção, ela leva o seu vestido de noiva para uma reforma. Então, no meio do caminho, depara-se com um desdobramento inesperado.

Fábio é dono de um bistrô famoso no Recreio, Rio de Janeiro.

Desde seu traumático divórcio, abraçou uma vida solitária. Até se deparar com Amélia no ateliê de sua irmã, Letícia. Apesar de intrigado com a tristeza exposta nos olhos da bela mulher, manteve sua rotina. Então, ao caminhar pela rua, esbarra em seu desdobramento inesperado. Um livro intrigante, criativo, que acompanha com sensibilidade a transformação na vida desses dois personagens.









Aquele inesperado desvio em nosso caminho, ou aquela curva tão aguda que nos dá a impressão de que estamos retornando ao ponto de partida do qual havíamos acabado de sair.


Até que nos encontramos em um outro lugara completamente novo. 

Cada conto reflete um enredo singular, proporcionando uma diversidade inexata de temas e narrativas. Com histórias completamente novas, o livro Imprevisibilidade, é uma leitura indispensável para aquele que busca, na leitura, momentos de prazer.






 



Lá, no meio da Floresta Amazônica, há uma tribo lendária – A Tribo Curupira. Joaquim encontra essa tribo em meio a suas expedições. Uma tribo que guarda o segredo de uma planta capaz de transportar algo pelo tempo e espaço. Uma erva perigosa quando não utilizada com cuidado. Ao entregá-la o Pajé fez um alerta. 
    Joaquim entende o risco, aceita a responsabilidade, mas jamais poderia imaginar a extensão das palavras desse sábio Pajé.
    Letícia encontra uma erva em um saco de veludo azul. Decide toma-la. Então encontra-se em 1906, em um corpo diferente. Não sabe como veio parar nesse tempo, nem tampouco entende como veio parar na França, testemunhando o vôo de consagração de Santos Dumont. Então ela conhece Joaquim.
    É uma bela história sobre o poder do encontro entre duas almas gêmeas, que vivem em épocas diferentes, mas que tiveram a chance de se encontrar através da erva sagrada da Tribo Curupira.








 
Joana e cresce em uma cidade no interior de São Paulo e, para dar um novo rumo em sua tumultuada vida, aceita um emprego em uma multinacional no Rio de Janeiro. Seu objetivo era construir uma nova vida, até se deparar com Cauã.
    Cauã (Entidade do Sol), reencontra Jaci, sua lua e amor milenar. Estranhando que Joana não tem idéia de que ela é, de fato, Jaci (Entidade da Lua), ele planeja, a princípio, elucidá-la. Também pretende reconquistá-la, com calma. Ao notar sua vulnerabilidade, e pior, ao constatar existe um encanto que o impede de tocá-la, muda de estratégia.
    Personagens mitificados, em meio a um enredo intrigante, contemporâneo, brasileiro, universal, mágico e humano. “Entre o Sol e a Lua” convida o leitor a explorar um amor sem limites.

domingo, 20 de março de 2016

O Velho Vestido de Noiva

Olá, leitores!

A resenha da semana é do livro “O Velho Vestido de Noiva” da nossa autora parceira Ana Ferrarezzi.


"Amélia se depara com uma devastadora notícia. Seu marido, o homem a quem se dedicou inteiramente durante trinta anos, pediu divórcio. Sem saber como prosseguir com sua vida, e aguardando que um milagre venha lhe dar uma direção, ela leva o seu vestido de noiva para uma reforma. Então, no meio do caminho, depara-se com um desdobramento inesperado.Fábio é dono de um bistrô famoso no Recreio, Rio de Janeiro. Desde seu traumático divórcio, abraçou uma vida solitária. Até se deparar com Amélia no ateliê de sua irmã, Letícia. Apesar de intrigado com a tristeza exposta nos olhos da bela mulher, manteve sua rotina. Então, ao caminhar pela rua, esbarra em seu desdobramento inesperado. Um livro intrigante, criativo, que acompanha com sensibilidade a transformação na vida desses dois personagens."

Ana nasceu recentemente, no Rio de Janeiro, aos 40 anos. Ela é Psicóloga, Artista Plástica e Escritora; tudo ao mesmo tempo. Possui um estilo interessante. Seus enredos são envolventes, bem-humorados, e capazes de transportar o leitor à um mundo completamente novo.
 O livro é um romance, que conta com muitas tramas, mistérios, surpresas, histórias a serem desvendadas e esclarecidas. Foi lançado pela editora Novo Século, com o selo Talentos da Literatura Brasileira.
Como adicional ao encanto do livro, ele vem com um humor sutil e envolvente, sensualidade e uma grande lição de vida, tornando a história única e significativa.
Retrata o quanto podemos nos perder em meio à rotina. Como  o passar do  tempo pode matar nossos sonhos, nossa essência e minimizar nosso poder de reação.
Amélia foi uma jovem adorável, cheia de vida e expectativas. Casou cedo e apaixonada. Acreditou que isso seria o bastante para sua vida.
Ao passar os anos, desistiu da sua graduação. Encontrou novos sonhos no mundo das artes, mas não teve encorajamento para prosseguir nesse caminho, não vendeu uma obra sequer.
A garota que outrora foi uma sonhadora, pensando em ser uma profissional de sucesso, vê seu casamento ruir após longos anos.
O casamento dos sonhos tornou-se apático, morrendo dia após dia, sem que ela pudesse fazer nada para mudar esta realidade. Apenas o medo de Amélia o mantinha em pé.
O medo do desconhecido a prendeu nesta rotina. Nunca trabalhou, sempre foi sustentada por Murilo. A dona de casa ideal, sempre preocupada com o bem estar do marido, vivendo mais por ele do que por si mesma.
 Murilo, um grande advogado com prósperos negócios, prestigio e muito poder, adquirido nos anos de profissão, mantinha essa comodidade, de ter uma mulher submissa e dependente ao seu lado.
Amélia perdeu sua autoestima, deixou de se admirar como mulher, deixou que o tempo apagasse de sua memória tudo aquilo que era atrativo perante os olhos de outras pessoas, tornando-se assim insegura e temerosa.
Ao ver seu casamento chegar ao fim, sendo abandonada por Murilo. Trocada por uma mulher mais jovem, Amélia se vê perdida, observando tudo que lhe parecia seguro ir por água abaixo. Buscando uma espécie de milagre, que lhe devolveria a segurança que sempre a acompanhou. Assim ela decide reformar seu velho vestido de noiva, acreditando que a restauração do mesmo levaria à restauração da sua realidade perdida, do casamento fracassado, de tudo aquilo que parecia a sua única saída.
A mesma reforma levou a uma nova perspectiva de vida. Ao chegar ao ateliê conheceu Fabio, homem intenso, sedutor e carismático. Dono de um famoso restaurante, que desde o primeiro olhar, se viu profundamente atraído por Amélia.
Buscando se reencontrar, ela lhe pede um emprego, e é atendida. Assim começa a se redescobrir.
Ao atingir este ponto, os desvios inesperados a levaram a mudar sua vida e seus conceitos. Deixou de ser uma dona de casa submissa e sustentada pelo marido para lutar pela sua independência. Garantir seu sustento vindo do seu próprio esforço, recuperar a autoestima e sentir-se desejada novamente. Ela percebe que pode ser mais que um objeto nas mãos de Murilo.
Após a surpreendente separação, o amor de Fabio a conduziu por outro caminho, redescobrindo assim a alegria de viver.
Mas como em todas as histórias de amor, esta também teve dificuldades. Estas irão testá-la, desafiando Amélia a lutar pelo homem que ama e pela sua felicidade.

Cada capítulo do livro tem o poder de nos fazer reviver situações que acontecem em nossa própria vida, podendo comparar com o que acontece com Amélia. Pontos fracos e fortes, dramas, medos, superações. Assim podemos nos inspirar na sua coragem para melhorar nosso dia a dia.
Só se vive uma vez, a partir do momento em que nossos sonhos e desejos chegam ao final, morremos lentamente por dentro, um pedaço por vez. Achamos que não podemos alcançar nossos objetivos ou a admiração dos demais.
Nos sentimos tão singulares, que o nosso amor próprio nos abandona. Chegamos a deixar de viver, para apenas existir. Atolados em uma rotina de infelicidade e arrependimentos, contando os dias até o fim da vida, sem nenhuma grande contribuição para o ambiente em que nos encontramos.
A felicidade está ao nosso alcance, porem às vezes necessitamos de um empurrãozinho do destino, uma ajuda dos desvios inesperados para encontrá-la.
E nesse momento, devemos abandonar o medo e a insegurança, para assim segurá-la firme, pois somos merecedores de todas as coisas boas que a vida nos traz.
Recomendo a todos esta leitura. A escrita fluida e encantadora me conquistou de imediato. A sensibilidade com que os temas corriqueiros são abordados me fez refletir. E o bom humor e mistério contido nas entrelinhas foi o toque final para tornar este um dos meus livros favoritos.
Que a mensagem trazida na história de Amélia esteja sempre conosco. Despertando nosso espírito de luta e inconformismo com aquilo que não nos faz bem e nos guiando rumo a felicidade.
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Título: O Velho Vestido de Noiva
Autor: Ana Ferrarezzi
Editora: Novo Século
Ano: 2015
Páginas: 224